Lutero prega as 95 Teses, um abalo sísmico na História do Cristianismo Ocidental. |
Yago Martins concluiu seu primeiro bloco de argumentos no vídeo [Lutero tirou livros da Bíblia?] da seguinte maneira [o negrito é meu]:
"Então a gente estabelece que o cânone tradicional judaico não usava os deuterocanônicos. E que a Septuaginta, que possuía os deuterocanônicos e outros documentos dentro dela, não representa que havia um cânone alexandrino, mas que era nada mais que uma coleção de outros documentos junto da Escritura, documentos importantes para a comunidade judaica, textos históricos que eram tratados como de nível inferior. E que não existiam outros cânones, como o cânone dos essênios, ou o cânone do saduceus, ou cânone dos samaritanos. Todos eles estavam em acordo com o cânone hebreu. [...] É deles o cânone, e a gente se sujeita a este cânone judaico, que é o cânone tradicional hebraico, que exclui os deuterocanônicos, e os trata como textos apócrifos, inferiores, que não devem ser adicionados ao cânone da Escritura, como o faz a Igreja Católica Apostólica Romana".
Conforme apontei nas duas postagens anteriores [que vocês podem ler aqui e aqui], o Pastor está completamente equivocado. O que se conclui de uma breve e até superficial pesquisa histórica é que:
i. O que ele chama de ''cânone tradicional judaico'' é o cânone rabínico, montado por descendentes de escolas farisaicas após a Destruição de Jerusalém, e que só foi fechado ao longo dos séculos II e III da Era Cristã. Todas as menções sólidas a um fechamento do cânone farisaico/rabínico se iniciam no último terço do século I, e mesmo então, e por muito tempo depois, não havia consenso final quanto ao número de livros ''oficiais'': há menções a 22 livros, a 24 e até a 27. Quando o Bispo [São] Melito de Sardis viajou à Palestina nos anos 160 para saber, de primeira mão, qual o cânone usado pelos judeus na região, voltou com uma lista de 27 livros que não incluía Ester e Lamentações de Jeremias, mas em que constava o Livro da Sabedoria. Há flagrantes na Mishná [escritos rabínicos dos séculos II e III] de discussões sobre a canonicidade de Ester, Cântico dos Cânticos, Eclesiastes e até Ezequiel. Há historiadores que duvidam, inclusive, que Crônicas estivesse canonizado no início do século II. Enfim, nem mesmo o cânone rabínico estava fechado, que dirá projetar um ''cânone judaico'' tradicional na Palestina do primeiro século, ainda antes das Guerras Judaicas.
ii. É verdade que não existia um cânone alexandrino, ou um cânone essênio, ou um cânone saduceu. Porque simplesmente não havia cânone [fechado] entre os judeus do século primeiro. Todas as evidências que temos para o período são do uso fluido de uma extensa literatura que vai além, inclusive, dos livros ''deuterocanônicos'' da Septuaginta. Esta é a conclusão inevitável que nos chega das descobertas no deserto da Judeia, em Qumram e nos escritores judeus fora da Palestina. Aliás, tampouco há divisão de um cânone alexandrino usado pelos Judeus da Diáspora e um cânone palestino. A própria Septuaginta era usada comumente na Palestina, que era também uma região com forte dose de helenização [especialmente a Galileia], e em que as grandes cidades usavam normalmente o grego. Além disso, havia sim diferença em relação aos textos sagrados samaritanos, como explico neste texto: O Outro Pentateuco.
Mar da Galileia, uma das regiões mais helenizadas da Palestina: um terço dos túmulos do século I traziam inscrições em grego. A helenização era ainda maior nas grandes cidades. |
iii. É falso que os escritos que ele chama de ''deuterocanônicos'' fossem considerados de nível inferior. Todas as fontes citadas no vídeo copiavam e recomendavam parte destes livros [e outros ainda]. A Septuaginta era considerada inspirada por Deus até mesmo por Josefo e Fílon. 4 Ezra [conhecido como 2 Esdras], obra escrita por volta do anos 130, relata que na formação do cânone rabínico, durante o século II, os 24 livros que se tornaram públicos eram tão revelados por Deus quanto os 70 que foram deixados para leitura privada ou ''oculta'' [este era o sentido da palavra ''apócrifo'' neste circulo judaico]. Mesmo o Rabinato usava Sabedoria de Ben Sira [chamado também de Eclesiástico -- não confundir com Eclesiastes]; e o Talmude da Babilônia flagra referências a este livro como Escritura em pleno século VI. Há provas de que alguns dos escritos sapienciais permaneceram sendo copiados pelos Rabinos por toda a primeira metade da Idade Média.
iv. Não há qualquer indicação de que a Igreja Católica Apostólica Romana acrescentou estes livros nas Escrituras usadas pelos cristãos. Os chamados ''deuterocanônicos'' não constam apenas do Velho Testamento da Igreja Católica. Eles estão também na Bíblia da Igreja Ortodoxa. Estão também na Bíblia de Igrejas Orientais. Todas as evidências é de que eram livros usados normalmente e em continuidade com o cenário aberto e fluido do Judaísmo do Segundo Templo.
v. A conclusão é que os Protestantes não se subordinam ao ''cânone tradicional judaico'', mas ao cânone rabínico consolidado na Tanach nos séculos II e III, e formatado segundo o texto massorético do século X [um aprofundamento sobre o texto massorético foi realizado nesta postagem: A Bíblia Protestante NÃO é a Bíblia da "Igreja Primitiva"]. Ou seja, é uma subordinação não ao Judaísmo do século primeiro da Era Cristã, mas aos Rabinos que descendem de escolas farisaicas sobreviventes às Guerras Judaicas, uma grande ironia histórica quando se trata de cristianismo.
Os fariseus foram adversários de Cristo durante sua Missão Pública. Eles estiveram por trás da reorganização do Judaísmo após a Destruição do Segundo Templo. |
Comento agora o segundo bloco de argumentos. Segundo o vídeo, é possível encontrar no Novo Testamento o cânone usado por Cristo e pelos Apóstolos. E este cânone, continua Martins, é exatamente aquele dos Rabinos fariseus. Ainda que esta alegação não faça sentido no terreno histórico, pois o cânone do Judaísmo Rabínico [ou farisaico] só foi consolidado no séculos II e III da Era Cristã, é necessário enfrentá-la dada a implicação religiosas de que Cristo concordaria com a lista oficial mais tarde estabelecida pelos fariseus e seus herdeiros.
O Pastor diz que "quando a gente olha para Jesus Cristo e os Apóstolos, a gente percebe que eles usavam exatamente o mesmo cânone que o povo hebreu usava, conhecido como cânone dos fariseus, mas que não é nada mais que o cânone comum da comunidade judaica."
Será?
1. Leis, Profetas e Escritos: todo o sangue justo de Abel a Zacarias
Segundo Yago Martins, o cânone farisaico tem um organização de livros diferente daquela seguida pela Septuaginta. Esta organização seria "conhecida pelo Talmude babilônico", e começaria pela divisão das obras em três grandes partes: Lei, Profetas e Escritos [Tanack], que teria Crônicas como o livro que fecha o cânone. O Pastor afirma que Cristo seguia esta divisão e que considerava Crônicas o último livro do "Antigo Testamento". A prova estaria em São Mateus, em que lemos:
"Por isso, eis que vos envio profetas, sábios e escribas. Matareis e crucificareis alguns deles, chicoteareis outros nas vossas sinagogas e haveis de persegui-los de cidade em cidade, de modo que venha sobre vós todo o sangue justo que tem sido derramado sobre a terra, desde o sangue do justo Abel até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias, que matastes entre o santuário e o altar. Amém vos digo: tudo isso virá sobre essa geração."
[Evangelho de Nosso Senhor, Deus e Salvador Jesus Cristo segundo o Glorioso Apóstolo e Evangelista São Mateus 23:34 a 36].
Os equívocos do Pastor, que mobiliza tópicos muito comuns da apologética protestante, são simples de discernir:
1.1 É patente o erro histórico de usar o Talmude da Babilônia, compilado no século VI, como reflexo do Judaísmo do primeiro século. A consciência de que as Escrituras podiam ser descritas como três blocos de livros estava emergindo entre os séculos II a.C. e II d.C., e pode ser flagrada até na literatura sapiencial da Septuaginta [Eclesiástico cita ''leis, profetas e outras obras'']. Esta consciência era um desdobramento da terminologia mais simples "Leis e Profetas" ou "Leis, Profetas e Salmos'', sendo este último termo aplicado de modo limítrofe entre as profecias e os escritos sapienciais. Mas à parte o primeiro bloco de livros [Lei se refere à Torah], as demais divisões não são entendidas de modo rígido e nem há qualquer consistência das listas de obras contidas em cada uma delas, nem de suas delimitações cronológicas [há Salmos anteriores e posteriores a escritos proféticos, por exemplo], nem muito menos de sua organização interna em um cânone fechado [Voltarei a este ponto]. Ademais, o padrão no Novo Testamento é o uso da terminologia mais simples de dois blocos: Leis e Profetas.
1.2 Parte considerável do argumento do Pastor depende que Crônicas seja a obra que fecha o cânone farisaico/rabínico. Mas o Códice de Leningrado, o primeiro manuscrito completo do texto massorético, datado do ano 1008, traz Crônicas como o primeiro dos 'Escritos' [Ketuvim], não o último, diferente portanto da listagem dada no Talmude da Babilônia. O mesmo pode ser dito do Códice de Aleppo, recuperado em um manuscrito incompleto do início do século X, e que tampouco traz Crônicas como último. A ordem também aparece de modo diferente em manuscritos espanhóis medievais. Ou seja, parece que no início do segundo milênio depois de Cristo, o cânone rabínico [ou farisaico] ainda não tinha chegado a um consenso sobre a posição de Crônicas na organização interna da Tanack.
Ícone Ortodoxo do Santo Profeta Zacarias, pai de São João Batista |
1.3 O argumento depende que Cristo estivesse se referindo ao cânone -- de Abel a Zacarias significaria, assim, de Gênesis a Crônicas --, mas não parece ser o caso. A menção parece dizer respeito à sequência de mártires da história sagrada de Israel, não a uma suposta ordem de escritos revelados.
1.4 O argumento depende também da identificação do Zacarias a que se refere Cristo. O vídeo do Pastor Yago crava que o personagem é mencionada em Crônicas, ou seja, que é o Zacarias assassinado durante o Reinado de Joás, no último terço do século IX a.C. Esta hipótese tem problemas bastante conhecidos, já que o personagem era filho de Jeconias, e não de Baraquias. Foram propostas soluções para conciliar as duas identificações, mas elas dependem de especulações extra-bíblicas, como a apelação de que Baraquias fosse pai de Jeconias, ou de que Jeconias mudou de nome etc. Nada disso consta do texto das Escrituras, e as tentativas de conciliação, normalmente baseadas em passagens de Isaías, passam por cima do fato de que o último mártir nos livros proféticos foi Urias, decapitado quase dois séculos depois. O único Zacarias filho de Baraquias nas Escrituras é o Profeta que viveu no fim do século VI a.C., e que não atende aos critérios do Pastor Yago Martins, já que não consta de nenhum livro que coloca fim ao cânone rabínico/farisaico e porque não se conhece a forma como ele morreu Não há nada no Antigo Testamento sobre a morte do Profeta Zacarias. Enfim, os defensores do Sola Scriptura não tem base alguma para decidir, de modo cabal, quem é o Zacarias mencionado por Cristo. O que eles tem são ilações problemáticas. Que dirá retirar desta passagem alguma confirmação sobre um suposto cânone judaico.
1.5 Para a Igreja Ortodoxa, o Zacarias mencionado por Cristo é o sacerdote que foi pai de São João Precursor [também chamado de Batista]. Os relatos a este respeito também são extra-bíblicos, mas tem a vantagem de refletir uma tradição oral do primeiro século da Igreja, e compilada no "Proto-Evangelho de Tiago", que mencionei aqui: Dos Evangelhos, canônicos ou não . O assassinato do pai de São João Precursor é descrito nos capítulos XII e XIII desse documento, escrito em uma comunidade de judeus cristãos da Síria no primeiro terço do século II. Me parece muito mais confiável para um cristão do que o Talmude da Babilônia.
Por fim, Yago Martins faz um adendo no vídeo, aparentemente para justificar sua confiança no Rabinismo. Ele alega, a partir de passagem de São Mateus reproduzida abaixo, que Cristo concordava com os ensinamentos dos fariseus, apenas criticando suas práticas e hipocrisia.
"Então Jesus falou às multidões e aos seus discípulos, dizendo: "Na cátedra de Moisés se sentaram os escribas e os fariseus. Todas as coisas que eles vos disserem fazei e observai, mas não façais as suas obras. Pois [o que] eles dizem eles também não fazem. Atam fardos pesados e insuportáveis e colocam-nos aos ombros das pessoas, mas eles próprios nem com um dedo os querem deslocar."
[Evangelho de Nosso Senhor, Deus e Salvador Jesus Cristo segundo o Glorioso Apóstolo e Evangelista São Mateus 23:1 a 4]
É bastante questionável interpretar que "Jesus concordava com a teologia dos fariseus'', como faz o Pastor, principalmente diante de São Mateus 15:1 a 13 e de São Marcos 7:1 a 13. Exemplo:
"Deixando vós o mandamento de Deus, agarrai-vos à tradição dos homens". E disse-lhes: "Anulais especiosamente o mandamento de Deus, para manterdes a vossa tradição".
[Evangelho de Nosso Senhor, Deus e Salvador Jesus Cristo segundo o Glorioso Evangelista São Marcos 7:8 e 9]
Voltarei a estas passagens depois, pois há nela uma citação interessante de Isaías. Por enquanto, ressalto que é curioso ver um cristão, que acredita na Santíssima Trindade e na Encarnação do Verbo, cravando que Cristo concorda com a teologia dos fariseus, os mesmos que O condenaram por Ele se dizer Deus.
Ícone da Sabedoria Divina, a principal personagem de boa parte dos "deuterocanônicos" |
2. "Nenhum deuterocanônico é citado no Novo Testamento"
Segundo Yago Martins, existem até 350 citações de passagens do Antigo Testamento nas obras do Novo Testamento. O número de alusões, isto é, de referências sem citação direta, superam as 1400. Ele faz disso um critério para estabelecer o cânone usado por Cristo e pelos Apóstolos, concluindo que a Igreja dita Primitiva tinha algum nível de desprezo pelos ''deuterocanônicos'': "a gente pode perceber claramente pelas Escrituras que Jesus e os Apóstolos rejeitaram os deuterocanônicos".
Este argumento protestante é de uma fragilidade assombrosa. O erro básico é fazer de citações diretas no Novo Testamento um critério suficiente para estabelecer a canonicidade de livros. Se os protestantes levassem isso a sério, então a Bíblia deles teria de ser bem diferente. Se levarmos em conta as alusões, os problemas aumentam exponencialmente:
2.1 Se a ausência de citação direta pelos autores neotestamentários indica desprezo por parte deles, então o Pastor teria de colocar em dúvida a canonicidade de Juízes, Cântico dos Cânticos, Eclesiastes, Ester, Esdras, Neemias, Naum, Rute, Abdias, que tampouco são citados. Se levássemos a sério este critério, os protestantes teriam de desconsiderar todas estas obras.
2.2 Há sinais evidentes de citações de Pseudo-Epígrafos [chamado mais propriamente de Apócrifos judaicos] pelos autores do Novo Testamento. O próprio canal "Dois Dedos de Teologia" traz vídeos sobre o Primeiro Livro de Enoque, citado na Epístola de São Judas Tadeu [e aparentemente aludido em 2 Pedro]. Mas há outros exemplos, como Penitência de Jannes e Jambres, citado em 2 Timóteo; Ascensão de Isaías e Apocalipse de Elias citado em 1 Coríntios 2:9; Ascensão de Moisés também na Epístola de São Judas Tadeu. Há citações que não constam nem na Tanack nem na Septuaginta, e que possivelmente vem de obras apócrifas, como é o caso de Efésios 5:14, Gálatas 6:15, e São Mateus 27:9 [as tentativas de conciliar este versículo com Zacarias e Jeremias são insatisfatórias por diferentes motivos, e há testemunhos patrísticos de que ele constava em obras apócrifas]. Se Yago Martins levar seu argumento a sério, ele teria de considerar estas obras como canônicas ou, no mínimo, mais bem reputadas entre os autores do Novo Testamento do que Juízes, Eclesiastes, Naum ou Cântico dos Cânticos.
2.3 As alusões são caso ainda mais problemático, porque há sinais de vários trechos do NT são dependentes de ''deuterocanônicos''. Hebreus 11:35 parece repercutir 2 Macabeus 7. O Livro da Sabedoria parece aludido em mais de uma Epístola de São Paulo, sendo o caso mais emblemático os paralelos entre Romanos 1:18 a 35 e os capítulos 13 e 14 [de Sabedoria]. Estas alusões e referências podem ser polemizadas, mas os indícios são bastante críveis. O que não deveria surpreender nenhum protestante que busca argumentar a partir do Judaísmo Rabínico posterior à destruição do Segundo Templo, já que Sabedoria de Ben Sira [Eclesiástico] é citado algumas vezes no Talmude da Babilônia. Além disso, como o próprio Pastor Yago admite, estes mesmos autores neotestamentários usavam a Septuaginta como padrão, tema que vou abordar em sequência.
3. O discurso de Santo Estêvão em Atos dos Apóstolos
Para fazer uma ponte com a Septuaginta, escolhi a alegação de Martins de que o discurso de Santo Estêvão diante do 'Grande Conselho', descrito no Capítulo 7 de Atos, narra a história de Israel segundo o cânone rabínico e ''sem fazer menção ao período dos deuterocanônicos''.
O argumento é meio forçado, já que Santo Estêvão se estende somente até a construção do Templo de Salomão [o Primeiro Templo] e depois se refere do modo mais genérico possível à perseguição que se fez dos Profetas, sem apontar nenhum limite específico de tempo. É óbvio pelo discurso que, para ele, a dura cerviz do povo judeu e de suas lideranças se estendia até aquele momento específico em que ele se apresentava ao Sinédrio. Mas há um pormenor ao qual Yago Martins não deu a devida atenção: O fato de que o mártir narra a história do povo hebreu segundo a Septuaginta, inclusive quando as passagens da versão dos LXX conflitam com o atual texto massorético usado pelos Rabinos e que consta da Bíblia Protestante.
Santo Estêvão diz que 75 pessoas foram com Jacó para o Egito:
O Justo Profeta Isaías, cujo livro na versão os LXX é bastante diferente daquele adotado pelo texto massorético. Isaías é um dos livros mais citados pelos autores do Novo Testamento |
Os autores do NT tinham a Septuaginta por pano de fundo, como se mostra pelo famoso Capítulo 3 de Zacarias, que se vincula estreitamente com o Evangelho de São Lucas. No versículo 8, o Profeta diz: "Pois eis que eu trago o meu escravo, Alvor". Alvor aí é ''Sol Nascente", Analotê, segundo o tradutor Frederico Lourenço.
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