segunda-feira, 23 de janeiro de 2023
FAROESTES INDISPENSÁVEIS, PARTE 2
sábado, 21 de janeiro de 2023
FAROESTES INDISPENSÁVEIS, PARTE 1
Temos muito o que aprender com um país
que está se esvaindo, os EUA “profundo”, das pequena e médias cidades, do
comunitarismo e perspectiva cristã entranhada, dos pequenos negócios de
família, pequenos proprietários rurais. Não significa adesão ideológica, nem
muito menos geopolítica, mas valorização de um certo tradicionalismo orgânico,
popular e legitimamente americano.
O ‘Faroeste’, por exemplo, é um dos
marcos da narrativa mitológica do mundo contemporâneo, com seus heróis e
monstros, abismos e transcendências. Por entretenimento, vou citar nos próximos
posts alguns dos filmes indispensáveis do gênero.
FAROESTES
INDISPENSÁVEIS [ordem cronológica]:
NÚMERO 1: Stagecoach [''No Tempo das Diligências], de 1939 --> O fim dos anos 1930 ressuscitou de vez o 'western', que havia perdido espaço com a chegada do cinema falado. 1939 foi o ano da virada, com o lançamento de alguns sucessos e clássicos inesquecíveis. A partir de então, o gênero dominou a indústria cinematográfica estadunidense por três décadas.
Stagecoach, que uniu o diretor John Ford e seu amigo John Wayne, não foi o 'western' de
maior sucesso do ano, mas estabeleceu todos os parâmetros que marcariam
definitivamente a fase clássica do gênero, desde as tomadas, o roteiro e os
tipos que se tornaram presentes em boa parte dos ''bangue-bangue''.
Uma
diligência parte do Arizona rumo ao Novo México levando Dallas, uma prostituta
expulsa da cidade por uma liga de mulheres moralistas; um oficial de Justiça
que exerce custódia sobre Ringo Kid, um jovem caubói que busca vingança contra
os assassinos de seu pai e irmão; um médico bebum; um vendedor de uísque; um
banqueiro; uma mulher grávida que pretende se encontrar com o marido, oficial da cavalaria; um jogador e apostador de má fama. A diligência enfrenta
o perigo de passar por território saqueado pelos Apaches de Gerônimo.
Tom
militar no primeiro ato e psicológico no restante, perseguições, humor, a
paixão entre o heroi e a prostituta de bom coração, o papel do assalto indígena
e da cavalaria, filme que modelou a história do cinema.
NÚMERO 2: The Ox-Bow Incident [''Consciências Mortas''], de 1943 --> Um tanto à frente do seu tempo, já prenunciando o ''faoreste psicológico'' e mais reflexivo em uma época em que vigorava o modelo clássico. Dirigido por William Wellman.
Dois
caubóis visitam uma cidade que era vítima constante de roubo de
gado. Enquanto bebem na taberna local, chega a notícia de que um cidadão foi assassinado em assalto. Logo se monta uma turba que, aproveitando da ausência
do xerife, monta expedição para perseguir e linchar os culpados.
Vozes
contrárias se fazem ouvir e pedem discernimento e paciência e advogam que tudo
deve ser feito com legalidade a fim de que novos abusos sejam evitados. O clamor por sensatez, justiça e legalidade é sempre calado pela
maioria, que deseja a ''justiça da fronteira'', feita pelas próprias mãos.
A
turba, liderada por ex-oficial do Exército Confederado que pretende dar uma
lição no filho cobardola levando-o a participar de um linchamento, promove caçada e prende três transeuntes que acampavam ali perto. Se inicia um arremedo de
julgamento, com os prisioneiros sustentando a própria inocência e um conflito
de consciência sobre a legitimidade do que acontecia. Os cidadãos
decidem se podem ou não enforcar os sujeitos sem a presença de autoridade
constituída ou de um julgamento formal, numa disputa de visões de sociedade.
O
filme tem interpretações brilhantes de Henry Fonda, Dana Andrews e Anthony
Quinn e se tornou um clássico cujo argumento foi repetido exaustivamente a
partir de então, em filmes dos mais variados gêneros e também em séries e shows
de TV.
CONTINUA
sexta-feira, 6 de janeiro de 2023
OS 10 MAIORES TIMES JÁ MONTADOS NO BRASIL
Um conhecido pediu minha opinião sobre os 10 maiores times de futebol já montados no Brasil. Ia fazer uma lista quando lembrei que já tinha uma publicada há pouco mais de 5 anos. Vou aproveitar aquela, fazendo as alterações que hoje penso serem necessárias.