Hoje, antes de sair para o culto em uma igreja evangélica em Brasília, Jair Bozó mostrou toda sua mágoa com a imprensa, que, segundo ele, teria ''massacrado'' seu filho. Aquele mesmo que ele pretende fazer Embaixador nos Estados Unidos por que ''se daria bem com a família do Trump''.
Com lábios trêmulos, Bozó balbuciou para os jornalistas: ''chamaram Dudu de fritador de hambúrguer''. Depois defendeu a indicação, repetindo que o pimpolho era muito competente, que foi elogiado pelo Presidente ianque, que muitos senadores votariam a favor dele na sabatina e pererê pão duro.
Para não perder o costume, Jair fez uma ameaça velada que não deve ter caído bem lá nas bandas do Itamaraty. Avisou que se Dudu não passar na sabatina do Senado, vai colocá-lo como Ministro das Relações Exteriores, no lugar do tresloucado Ernesto Araújo. Sorrindo nervoso, perguntou Jair para os repórteres: ''E aí?! Ele vai mandar em todos os Embaixadores, tão vendo como vocês são hipócritas?"
Bozó não tem a mínima noção da importância, da dimensão e das funções do cargo que ocupa. Ele é uma pessoa mesquinha demais para isso. Uma pessoa pequena, não apenas intelectualmente. Ele também não possui densidade emocional, intuição, visão, capacidade de articulação. É uma ''pessoinha'' em todos os sentidos. Gentinha. Ou, pior ainda, gentalha.
Uma das causas do mau humor do sujeito que atualmente usa a faixa é matéria de hoje d'O Globo [1]. Baseada em documentos oficiais, a reportagem revela que desde que os bozós se tornaram parlamentares, mais de uma centena de pessoas com laços familiares entre si foram nomeadas no gabinetes deles, boa parte sem função clara.
Ou seja, tratava-se de apadrinhamento e nepotismo na cara dura. Não surpreende que Jair não veja nada demais na tentativa de nomear seu filhote como Embaixador dos EUA, ainda que Dudu não tenha absolutamente nenhuma qualidade requerida para o cargo.
O nepotismo e o apadrinhamento é norma nos gabinetes dos Bozós há trinta e oito anos. São quase duas gerações doando dinheiro público a apaniguados e suas parentelas.
Por fim: é para evitar isso que o concurso público e a estabilidade dos servidores foram instituídos no país. Para que a máquina do Estado deixasse de ficar refém desse tipo de politicagem, com cargos de carreira ocupados por puro clientelismo. Como se vê, concursos públicos e estabilidade funcional continuam mais do que nunca necessários. Basta olhar para o que os bozós fazem com seus cargos de confiança, empregando afilhados, a parentela dos afilhados, e ainda praticando a famosa ''rachadinha'' com os salários dos próprios funcionários.
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