Quando os românticos anos 1960 chegaram ao fim, Billie Jean King
já era detentora de um extenso conjunto de títulos em simples e duplas e
reconhecidamente uma das maiores tenistas da História de seu país. Mas foram as
performances do início da década de 1970 que a tornaram definitivamente
imortal.
A maturidade como atleta elevou seu jogo agressivo e de rede a
outro patamar, e em 1971 ela faturou 17 torneios -- o quarto maior número de
títulos em uma só temporada, atrás apenas do desempenho de Margaret Court em
1970 [21 taças], 1969 e 1973 [18 taças em cada um desses anos] --, e alcançou
89,6% de aproveitamento com 112 vitórias e 13 derrotas.
No ano subsequente, a norte-americana de 28 anos de idade
atingiu seu apogeu e se consolidou de vez como a melhor tenista do mundo.
Billie Jean venceu três majors em 1972, feito ainda mais memorável quando se
sabe que ela pulou o Australian Open por considerá-lo um “torneio menor”. Ou
seja, ela venceu todas as 17 partidas de Grand Slam que disputou naquele ano. O
maior destaque veio em sua campanha em Roland Garros, quando levantou a taça
sem deixar um único set em quadra.
Depois de sua vitória no US Open, a campeã declarou que não
defenderia o título em Nova York no ano seguinte caso a premiação do vencedor
da chave masculina permanecesse maior do que o da chave feminina, fato que
levou o major americano a se tornar o primeiro a igualar os prêmios entre
homens e mulheres. King dava início a uma série de atos que a alçariam ao
patamar de símbolo político dentro do esporte.
Billie Jean fechou 1972 com
88 vitórias e 13 derrotas, um aproveitamento de 87,1%, e conquistou um total de
11 títulos. Seu caminho foi pavimentado com vitórias sobre tenistas do calibre
de Chris Evert, Margaret Court, Evonne Goolagong Cawley, Helga Niessen, Nancy
Richey, Kerry Melville Reid e Rosie Casals.
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