sábado, 18 de dezembro de 2021

O RANKING DE CONQUISTAS NO FUTEBOL -- parte final

 



O resultado do sistema exposto nas duas postagens anteriores segue abaixo. Vou tecer algumas considerações sobre o Ranking logo depois.


RANKING GERAL DE FUTEBOL


1

FLAMENGO

 RJ

3175

2

SÃO PAULO

SP

3047

3

PALMEIRAS

SP

2948

4

SANTOS

SP

2784

5

CORINTHIANS

SP

2713

6

CRUZEIRO

MG

2159

7

GRÊMIO

RS

2091

8

INTERNACIONAL

RS

1883

9

VASCO DA GAMA

RJ

1827

10

FLUMINENSE

RJ

1753

11

ATLÉTICO MINEIRO

MG

1549

12

BOTAFOGO

RJ

1231

13

ATHLETICO PARANAENSE

PR

  647

14

BAHIA

BA

  610

15

SPORT

PE

  565

16

CORITIBA

PR

  448

17

CEARÁ

CE

  400

18

PAYSANDU

PA

  394

19

GOIÁS

GO

  332

20

VITÓRIA

BA

  301




Uma pergunta óbvia a ser feita quanto ao ranking acima seria quais modificações sofreria caso fossem outras as decisões tomadas em assuntos polêmicos da História do nosso futebol. Se a Taça Brasil e o "Robertão" fossem pontuados da mesma maneira que o Campeonato Brasileiro [100 p] -- uma escolha que, assim como no meu ranking, NÃO é feita pelo Ranking da Folha e só é feita pelo Ranking da Placar no caso do 'Roberto Gomes Pedrosa' --, o Palmeiras receberia mais 160 pontos, o suficiente para ficar com 3108, à frente do São Paulo. Mas o maior beneficiado seria sem dúvida o Santos, que iria a 3104. A hierarquia seria, então: 1) Flamengo; 2) Santos e Palmeiras naquilo que poderíamos considerar um empate técnico; 4) São Paulo. [Caso desconsiderássemos também a perda de pontos por rebaixamento, o Palmeiras estaria em empate técnico com o Flamengo, em primeiro lugar.]

Para retirar o Flamengo da primeira posição do ranking seria necessário não apenas fazer as modificações do parágrafo anterior, mas também despontuar a Copa União de 1987. Ela não poderia valer mais do que 35 pontos, criando assim situação de ''empate técnico'' entre Santos e Palmeiras. Caso não recebesse qualquer pontuação -- a decisão mais polêmica de todas, penso --, o Flamengo cairia para 3º lugar. Outra maneira, seria dar à Copa Rio de 1951, vencida pelo alviverde paulista, a pontuação de um Campeonato Mundial. Junto com as modificações já citadas, seria o suficiente para fazê-lo superar a pontuação do Flamengo. 




A ponta do ranking é afetada por modificações nos critérios e uma tomada diferente de posicionamentos nas polêmicas existentes no desenvolvimento dos torneios brasileiros. No fundo, o equilíbrio entre os quatro primeiros clubes da lista ainda é muito forte. Na ponta mais abaixo do ranking, a disputa depende muito do número de rebaixamentos e de participações na divisão principal do Campeonato Brasileiro. O Fortaleza e o Santa Cruz, para dar dois exemplos, não aparecem na lista por terem sido afetados pelos dois critérios. Notem também que Paysandu e Ceará estão em condição de ''empate técnico'' na prática.

Uma forma de vislumbrar tendências futuras é analisar o peso de cada clube nos torneios nacionais e internacionais, que se consolidarão cada vez mais como parâmetro dado o ocaso dos estaduais e a nova etapa de profissionalização do futebol sul-americano em geral e brasileiro em particular. Nesse caso, o São Paulo está em primeiro lugar dado seu currículo de títulos internacionais [e que não é acompanhado pelo mesmo desempenho em nacionais, quesito em que está apenas em 5º]. 

Logo depois, viriam Flamengo e Palmeiras em situação de "empate técnico" [a diferença entre ambos seria inferior a 20 pontos para o alviverde paulista, menor que a pontuação de qualquer título continental do calendário]. As posições entre o 4º e 9º lugar continuariam as mesmas, mas o Atlético Mineiro tiraria o Fluminense do top 10. O Athletico PR também estaria já à frente do Botafogo. [A saída de Botafogo e Fluminense do top 10 aponta a dependência de ambos em relação a uma era anterior em que os estaduais do Rio tinham extrema importância.] O Sport estaria em situação de ''empate técnico'' com o Bahia. Mas o Ceará cairia duas posições, ultrapassado por Paysandu e Goiás.




Esse Ranking será atualizado sempre que possível, levando em conta os mesmos critérios básicos, com a ressalva de que novos torneios ou melhoras podem ser incluídos. Ressalto mais uma vez que ele não se pretende uma hierarquia entre os clubes brasileiros, que seria impossível de realizar com uma lista de títulos no futebol. 

O autor é flamenguista, mas o clube da Gávea também se encontra em primeiro lugar no Ranking da Folha de SP e no Ranking da Placar, o que indica que os critérios escolhidos não foram tão malucos assim. [Há, no entanto, mudanças em outras posições em comparação aos dois rankings citados.] Que a rivalidade e as boas histórias de confrontos, além das boas polêmicas, estejam apenas no começo.

 


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