Durante muito tempo os cariocas ouviram profecias 'auto-realizáveis' sobre o fim de seu campeonato, de seu futebol, e da grandeza e importância de seus clubes. Esta década sepultou essas análises mais pessimistas. A gloriosa cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro domina a Libertadores da América. São três títulos consecutivos com três clubes diferentes, a primeira vez que uma metrópole sul-americana realiza o feito em mais de seis décadas de competição. E os clubes da cidade levantaram 4 das 6 edições mais recentes.
Mais ainda, o Rio de Janeiro é hoje a cidade brasileira com mais clubes campeões da América. São quatro clubes detentores da taça, contra três de Sampa. Na verdade, o Rio só perde pra Buenos Aires nesse quesito [que tem cinco clubes campeões].
Há risco muito forte do Rio passar o rodo em todos os grandes títulos do ano no segundo semestre. O Flamengo ganhou a Copa do Brasil, o Botafogo tem a Libertadores e pode vencer o Brasileiro. No início do ano, o Fluminense levantou a Recopa Sul-Americana. Nada mal para um ''futebol decadente''.
O campeonato carioca vai reunir, a partir de janeiro, os três últimos campeões sul-americanos. É bobagem, a essa altura, negar que é o mais estrelado estadual do país. Os clubes pequenos podem não ter a força do interior paulista, mas a dificuldade implicada pelos grandes mais do que compensa esta desvantagem.
A cidade do Rio tem hoje seis títulos de Libertadores. Um a menos que Sampa. Mas à frente de Porto Alegre e de Belo Horizonte. Não era uma situação provável há dez anos.
Resta saber agora que clube carioca será campeão da Libertadores ano que vem e por que não será o Vasco.
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