Fazendo uma análise meramente histórica e crítica, os assassinatos de gente do alto escalão político não são sinônimo de Revolução, que envolve elementos e forças que vão muito mais fundo na transformação e regeneração social, cultural e política de um país.
Podem ter efeitos até anti-revolucionários, ainda que sejam meritórios em determinado âmbito.
O atentado à vida de Prudente de Moraes foi justificado em certa instância: era uma reação ao massacre de Canudos. Mas fracassou e acabou sendo usado pra que o presidente impusesse o Estado de Sítio e consolidasse o núcleo político da República Velha.
Mesmo quando bem sucedidos, podem dar margem para o sistema que visam combater, que vai poder usar as armas da propaganda contra o ''terror político'' e o ataque a símbolos da nação.
Na verdade, a tática do assassinato político é muito comum em meios anarquistas, e de resultado revolucionário pífio ao longo da história. O que sacode as fímbrias de um sistema são estratégias de espectro muito mais amplo.
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