Lleyton Hewitt foi um furacão quando surgiu no circuito. O jogador mais jovem a chegar ao posto de número um do mundo, com somente vinte anos, campeão no US Open de 2001, em cima de ninguém menos que Pete Sampras, e em Wimbledon 2002; o sujeito que antecipou o estilo de jogo de muita movimentação e defesa no fundo de quadra que anos depois faria as carreiras de Nadal e Djoko era o homem a ser batido nos primeiros anos da década passada.
Hewitt se viu frente a frente com Roger Federer na final do US Open de 2004. O suíço já havia vencido Wimbledon no ano anterior e alcançado o número um do ranking pouco depois de vencer o Australian Open de 2004. Vinha de mais um título no All England Club nesse mesmo ano. Uma final entre dois gigantes que marcaram, de modo diferente mas com qualidade, aquela década do tênis. Até 2003, Hewitt dominava amplamente o confronto contra o suíço, tendo vencido sete dos primeiros nove jogos. Mas aquela temporada marcaria uma mudança significativa na história da rivalidade. Roger já havia vencido o australiano em Wimbledon, e chegava à final como o novo favorito.
O jogo foi um dos maiores estupros da história das finais de Slams. Federer atropelou por três sets a zero. O primeiro e o terceiro set foram vencidos com pneus! O primeiro durou apenas dezoito minutos [!!]. Ainda naquele ano os dois voltariam a se enfrentar duas vezes na Masters Cup [atual ATP Finals], incluindo a final do torneio, e o resultado também foi favorável ao Leão da Montanha.
Uma lenda começava a ser escrita.
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