Quem você diria que é o melhor jogador que já enfrentou?
FEDERER: "Pete Sampras. Sempre o considerei um incrível campeão e um grande herói. E a coisa com Pete era que, quando ele estava no jogo dele, você não tinha como ganhar. Quando você joga com alguém que é assim tão forte e tão bom, é impressionante.''
Federer em entrevista a Lucas Bessel, publicada na Isto é 2016.
O MESTRE DOS ANOS 1990
Jogador clássico e que possuía todos os golpes, Pistol foi um fenômeno tanto nas quadras duras, quanto na relva e no carpete. Era dono de um saque monstruoso, até seu segundo serviço intimidava os adversários. Gênio do voleio, seu forehand batido na corrida foi uma das armas mais poderosas já vistas.
No fim de sua carreira, o americano possuía indiscutivelmente a maioria dos grandes recordes:
-> Maior finalista de Wimbledon [7 finais, empatado com Becker] e maior campeão no All England Club [sete títulos em oito anos];
-> maior finalista do US Open [8 finais, empatado com Ivan Lendl] e maior campeão do major americano [5 títulos, empatado com Connors];
-> maior vencedor de majors [14 títulos]; maior vencedor de majors em hard courts [7 títulos] e na grama [7 títulos];
-> recordista de semanas como número um do mundo [286 semanas];
-> recordista de temporadas completadas como número um [6 temporadas CONSECUTIVAS entre 1993/1998, um recorde que permanece];
-> maior vencedor da Master Cup/Finals [5 títulos, empatado com Ivan Lendl].
Além disso, Pete obteve domínio sobre seus principais rivais, algo que ele destaca com orgulho em sua autobiografia e que afirma ser um diferencial dos melhores tenistas de todos os tempos.
Sampras tinha Rod Laver e Ivan Lendl como grandes ídolos e espelhos pra sua carreira, e é grande admirador do tennis de Roger Federer. O suíço, por sua vez, também já apontou Sampras como o melhor jogador que viu atuar, dizendo que ''quando ele estava em seu jogo, era imbatível''. Boris Becker, um dos maiores ícones de Wimbledon, chegou a dizer que foi depois de enfrentar Sampras na grama sagrada que concluiu que jamais voltaria a vencer no All England Club.
A austera figura de Pete, descendente de família grega e cristã ortodoxa, paira ainda sobre o mundo do tennis, um atleta de temperamento e comportamento discreto, quase monástico, e cujo smash se tornou emblema de hegemonia e realeza no esporte
IMPECÁVEL E DEMOLIDOR
O aproveitamento de Sampras em 1994 foi de 86,5%; proporção de
vitórias que, apesar de excelente, não dá a correta dimensão de seu domínio
nessa temporada. Pete conquistou 10 torneios
e chegou a doze finais, números assombrosos e que poderiam ser
ainda maiores caso não estivesse contundido por toda a US Open Series
e a temporada de carpete.
O jogo
de Sampras havia florescido de vez no ano anterior, mas foi em 1994
que ele se tornou o principal nome da geração mais dourada e vitoriosa do
tennis americano, superando seus compatriotas Michael Chang, MaliVai
Washington, Todd Martin, Andre Agassi e Jim Courier.
Tinha início ali uma das maiores hegemonias já vistas no
esporte mundial, que culminaria com seis temporadas seguidas
terminadas como número um do mundo, um recorde aparentemente imbatível.
Suas principais conquistas
foram o Australian Open, Wimbledon e a Master Cup [atual 'Finals']. A
performance no major inglês desencadeou debates sobre como evitar o poder
demolidor de seu saque e do saque de seu rival, Goran Ivanisevic. [Por incrível
que pareça, Sampras só conquistaria o amor dos ingleses em 1997.]
Tamanho era o esplendor de
sua forma técnica, que abocanhou aquele que seria seu principal resultado no
saibro: o título de Roma. E assim como Connors e Lendl, também conseguiu liderar o ranking de ponta a
ponta.
Nessa temporada, além
dos rivais já citados, Pistol superou também jogadores da estatura de Ivan
Lendl, Boris Becker, Kafelnikov, Tin Henman, Patrick Rafter, Stefan Edberg,
Thomas Muster, Petr Korda, Wayne Ferreira, Marcelo Ríos, Alex Corretja, dentre
outros.
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